DICASDICAS

Leituras Obrigatórias Vestibular UFRGS 2022

Para o Concurso Vestibular de 2022,
será exigida a leitura prévia e completa das seguintes obras:

AUTOR

OBRA

1 - ISABELA FIGUEIREDO Caderno de memórias coloniais
2 - CHICO BUARQUE Construção (álbum)
3 - CONCEIÇÃO EVARISTO Ponciá Vicêncio
4 - AMÍLCAR BETTEGA Deixa o quarto como está
5 - ADÉLIA PRADO Bagagem
6 - GRACILIANO RAMOS São Bernardo
7 - LYGIA FAGUNDES TELLES As Meninas
8 - MARCELO RUBENS PAIVA Feliz Ano Velho
9 - FLORBELA ESPANCA

Poemas:
1. Fanatismo;
2. Horas rubras;
3. Eu;
4. Vaidade;
5. Lágrimas ocultas;
6. A minha dor;
7. Suavidade;
8. Se tu viesses ver-me;
9. Ser poeta;
10. Fumo;
11. Frêmito do meu corpo;
12. Realidade;
13. Súplica;
14. Doce certeza;
15. Quem sabe?!...;
16. A Mulher I;
17. A Mulher II;
18. Amiga;
19. Ódio;
20. Amar!;
21. O maior bem;
22. Neurastenia.

Atenção: O item 13 (Soneto Súplica) é

SÚPLICA
Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.
O meu colo é arrninho imaculado
Duma brancura casta que entontece;
Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!
Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d`astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz alcatifa, oh faz, de meus cabelos!
Os meus braços são brancos como o linho
Quando os cerro de leve, docemente…
Oh! Deixa-me prender-te e enlear-te
Nessa cadeia assim etemamente! …
Vem para mim,amor…Ai não desprezes
A minha adoração de escrava louca!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!

10 - MACHADO DE ASSIS Papeis avulsos
11 - MARIA FIRMINA DOS REIS Úrsula
12 - WILLIAM SHAKESPEARE Hamlet

Dicas do Universitário

Hamlet, Shakespeare
A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, geralmente abreviada apenas como Hamlet, foi escrita entre 1599 e 1601. A peça, cujo enredo transcorre na Dinamarca (mais precisamente o casteli de Elsinor), conta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai, (também chamado Hamlet) o rei, executado por Cláudio, seu irmão que envenenou este e que, em seguida, tomou o trono casando-se com a rainha. A peça traça um mapa do curso de vida na loucura real e na loucura fingida — do sofrimento opressivo à raiva fervorosa — e explora temas como traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.

O príncipe Hamlet, embora desejoso de vingança, não apresenta inclinação para cometer um crime: assassinar Cláudio. Sua posição, no entanto, o leva a se sentir na obrigação de percorrer tal caminho. Este ponto propicia uma das várias interpretações a que esta rica história dá margem, a que aborda justamente os dilemas éticos e morais de Hamlet, que supostamente justificariam sua vacilação no momento de levar adiante seus planos.

A imagem de Hamlet, trajado constantemente de preto, imortalizou-se ao longo do tempo. Seu ancestral dilema, 'ser ou não ser', confessado a uma caveira, foi incorporado à história cultural e artística da Humanidade. As personagens femininas, Gertrudes (a rainha-mãe) e Ofélia (a noiva prometida), têm sido resgatadas por uma linhagem crítica mais feminista.
Papéis Avulsos, Machado de Assis
"Este título de Papéis Avulsos parece negar ao livro uma certa unidade; faz crer que o autor coligiu vários escritos de ordem diversa para o fim de os não perder. A verdade é essa, sem ser bem essa. Avulsos são eles, mas não vieram para aqui como passageiros, que acertam de entrar na mesma hospedaria. São pessoas de uma só família, que a obrigação do pai fez sentar à mesma mesa." Assim o autor começa a obra – no capítulo intitulado "Advertência" – que reúne os contos "O Alienista" (por certos críticos, considerado uma novela, tendo em vista sua extensão), "Teoria do Medalhão", "A Chinela Turca", "Na Arca", "D. Benedita", " O Segredo do Bonzo", "O Anel de Policrates", "O empréstimo", "A Sereníssima República", "O Espelho", "Uma Visita de Alcebíades", "Verba Testamentária". Ao final, bem ao estilo machadiano, o leitor depara-se com "Notas do Autor".

"Papéis Avulsos" é o terceiro livro de Machado de Assis, no qual estão presentes a ironia, o pessimismo e a contradição entre ser e parecer, entre a máscara e o desejo. O humor sutil, o ceticismo, e as denúncias revelam os mais perversos segredos de uma sociedade hipócrita. Observam-se, ainda, o rompimento da tradicional sequência linear do enredo, as constantes interferências do narrador (digressões), a multiplicidade e a fragmentação dos episódios, a metalinguagem, o adultério, o egoísmo, as atitudes motivadas pelo interesse, a mediocridade das pessoas e a exploração do homem pelo próprio homem.
Úrsula, Maria Firmina Reis
"Mesquinho e humilde livro é este que vos apresento, leitor. Sei que passará entre o indiferentismo glacial de uns e o riso mofador dos outros, e ainda assim o dou a lume". Assim, Maria Firmina Reis abre o romance Úrsula. Nas primeiras edições, a autora omitiu seu nome: afinal, uma mulher – em 1887 – dava ao público uma nova abordagem para retratação do escravo brasileiro. A romancista propunha um enredo que abria espaço para o negro, englobando o ponto de vista (positivo) deste.

A leitura, inicialmente, remete o leitor ao típico triângulo amoroso entre Úrsula (a jovem humilde e desamparada), Tancredo (o homem afortunado e bem apessoado) e o tio de Úrsula (o vilão sem escrúpulos). Tais personagens, de fato, contam a história do Brasil escravocrata.

Túlio, Susana e Antero são três personagens negros, questionadores, atores da construção da identidade brasileira.
   




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