Em 17/06: WILLIAM CROOKE


★17/06/1832 †04/04/1919
“O MAIOR QUÍMICO DA INGLATERRA.”
Químico e físico britânico conhecido por sua descoberta do elemento tálio e por seus estudos de raios catódicos, fundamentais no desenvolvimento de física atômica.

Depois de estudar no Royal College of Chemistry, Londres, Crookes se tornou superintendente do departamento meteorológico do Radcliffe Observatory, Oxford, em 1854, e no ano seguinte ganhou um cargo no College of Science em Chester, Cheshire. Tendo herdado uma grande fortuna de seu pai, ele se dedicou a partir de 1856 inteiramente ao trabalho científico de vários tipos em seu laboratório particular em Londres. Suas pesquisas sobre descargas elétricas através de um gás rarefeito o levaram a observar o espaço escuro ao redor do cátodo, agora chamado de espaço escuro de Crookes. Ele demonstrou que os raios catódicos viajam em linha reta e produzem fosforescência e calor quando atingem certos materiais. Ele inventou muitos dispositivos para estudar o comportamento dos raios catódicos, mas sua teoria da matéria radiante, ou um quarto estado da matéria, provou-se incorreta em muitos aspectos.

Com a introdução da análise de espectro por R.W. Bunsen e G.R. Kirchhoff, Crookes aplicou a nova técnica ao estudo de compostos de selênio.

Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atômico 81. Ele continuou a trabalhar nesse novo elemento, isolou-o, estudou suas propriedades e, em 1873, determinou seu peso atômico.

Durante seus estudos do tálio, Crookes descobriu o princípio do radiômetro de Crookes, um dispositivo que converte a radiação luminosa em movimento giratório. O princípio deste radiômetro encontrou inúmeras aplicações no desenvolvimento de instrumentos de medição sensíveis. Crookes foi nomeado cavaleiro em 1897.

Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios catódicos.

Em suas investigações sobre a condutividade da eletricidade em gases sob baixa pressão, descobriu que, à medida que se diminuía a pressão, o elétrodo negativo parece emitir raios (os chamados raios catódicos, que hoje se sabe tratarem-se de um feixe de elétrons livres, utilizado nos dispositivos de vídeo padrão CRT). Como esses exemplos mostram, Crookes foi um pioneiro na construção e no uso de tubos de vácuo para estudar fenômenos físicos. Foi, por conseguinte, um dos primeiros cientistas a investigar o que hoje é chamado de plasmas. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o assim-chamado espintariscópio.

Tálio – Elemento Químico Tálio (Tl)

O tálio (Tl) é um metal representativo localizado na penúltima posição do grupo 13 (mesma do boro e alumínio). Possui número atômico Z = 81 e massa atômica ponderada (entre os dois únicos isótopos estáveis) A = 204,4 u.

É mole e maleável (podendo ser até mesmo seccionado com auxílio de um bisturi ou faca) com brilho característico metálico, quando puro. Mas, ao ser exposto ao ar, adquire coloração cinza-azulada: assim, torna-se mais protegido quando imerso em água (pois não é oxidado, já que o tálio é mais redutível que o hidrogênio).

Em fevereiro de 2011 foi encontrada a primeira jazida de tálio no Brasil – no município de Barreiras, BA -, com reserva estimada em mais de 60 toneladas apenas na primeira área onde a pesquisa foi concluída (o necessário para suprir o mercado mundial por 6 anos).
Propriedades físico-químicas

É sólido nas condições ambiente, apresentando cor branco-prateada quando em estado metálico elementar. Possui estados de oxidação mais comuns iguais a +1 e +3 (assim, tende a formar óxidos de características alcalinas) e sua estrutura cristalina é hexagonal.

Não é bom condutor de eletricidade, mas é relativamente bom condutor de calor (cerca de 25% menos que o ferro e 50 vezes mais que o vidro). Os valores dos pontos de fusão e ebulição são aproximadamente iguais a 305°C e 1470°C.

Ocorrência e aplicações

O tálio está presente na crosta terrestre com concentração média de 1ppm (relativamente abundante, quando compara-se ao antimônio, bismuto ou prata), mas é economicamente inviável realizar sua extração direta: assim, geralmente é obtido como produto secundário de minerais de potássio.

Os únicos produtores de tálio até então são a China e o Cazaquistão (com a descoberta da reserva na Bahia, esse cenário deve mudar). Por isso é extremamente raro: cada grama chega a custar 6 dólares.

As aplicações mais comuns são ligadas ao setor de inseticidas e venenos para roedores (hoje, é proibido o uso do sulfato de tálio para tais). Porém, pode-se utilizar o tálio como aditivo de vidros especiais (com elevados índices de refração, quando sob forma de óxidos), para produção de alguns fusíveis (junto ao chumbo), ou até mesmo para diagnóstico de doenças coronárias e detecção de tumores.

Também é utilizado nos estudos de supercondutores em altas temperaturas e outras áreas da eletrônica (como armazenadores de energia).

Efeitos biológicos

Apesar de ter sido empregado no tratamento de infecções de pele, por exemplo, possui uso extremamente limitado pela sua pequena margem entre enfeito farmacêutico e tóxico: acredita-se que o tálio seja cancerígeno. Logo, deve ser manuseado com cuido. E, a exposição prolongada ou a níveis muito altos (acima de 0,1mg/m³ por 40 horas semanais – em caso de compostos solúveis de tálio) pode causar desde perda dos cabelos à danos em nervos periféricos.

LEIA:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Radiômetro_de_Crookes

http://pt.wikipedia.org/wiki/William_Crookes

https://www.britannica.com/biography/William-Crookes

https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/talio/

http://www.inalmedicinanuclear.com.br/textos/textos_detalhes.asp?id=94&tags=Cintilografia-Mioc%C3%A1rdica-com-T%C3%A1lio-201

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